Oh, Calíope! Que deste inspiração
A Camões em sua bela epopeia,
Que dos homens tocas o vil coração,
Concedas forças em minha alva estreia,
Nessa sociedade de crua aversão,
Rogo, peço, imploro de cefaleia,
Que abras os olhos do homem ao vento
E lhes dá, piedosa, discernimento.
Oh, Tágides! Que repousam no Tejo,
De Portugal gritem ao mundo inteiro,
Que aqui em Nova Terra eu invejo,
A fé que ainda dorme no mosteiro.
Aos poderes a mudança eu pelejo,
E dizem que o Brasil será celeiro
Do mundo. Morrem as nossas florestas,
Intensifica a estufa que molesta.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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