quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Se em minha frente estás e eu fecho os olhos,
não posso crer, quão saudosa me torno.
Quando em minha frente, tão belo, passas,
doem as diferenças das estradas…

As estradas suas e minhas seguem
Paralelas – quase posso tocar-te…
”Quases” e “talvezes” que me perseguem,
Iludem mas, não me deixam amar-te.

Não lhe culpo, veja: todos lhe adoram,
talvez, contigo, sonhem ou sonharam,
todos lhe querem – apenas eu te amo.

Eu sei, admito o meu egoísmo,
bem como estou certa sobre o que afirmo:
Todos lhe seguem – apenas eu te amo.

(Nicole Nicolela)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tão densa, tão volumosa má sorte,
Intensa e, assim, repentina; morte,
Engole, faminta, em seus braços fortes,
Sonhos que sangram, fazem delirar.

Doces e plásticas epifanias,
Segredos; silêncio que abarca a vida,
Cala tamanha inocência perdida em
Simples ondas que retornam ao mar.

É assim que o dizem, como lhe definem,
Em austera inveja, apenas proíbem,
Julgando que podem lhe condenar.

Meu sonho, vício, desejo, irreal
Me consome em seu amor abissal
Contudo, em você, encontra-se meu lar…

(Nicole Nicolela)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Chovem pingos quentes de nostalgia,
vão ao chão em singela melodia,
desabam com doçura e sintonia,
vêm afugentar a monotonia.

Chovem amores, vão descendo o ralo;
brisas salgadas no outono gelado.
Reinam as flores por entre o passado,
antes que chegue o futuro atrasado…

Antes que os pingos cessem e se calem,
que passado e futuro se acabem,
deixem os amores evaporarem…

Deixem, sim, perdurar a solidão,
deixem que se alastre a escuridão
de amarga perda, de doce ilusão…

(Nicole Nicolela)